Desespero na Grécia
Crise econômica amedronta o país e a sociedade não sabe onde buscar socorro

“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não está em vós.” (João 8.36-37.) A Grécia foi o primeiro país europeu a ser evangelizado, mas o Cristianismo se tornou mais uma prática cultural do que espiritual. Acredita-se que pouco mais de 2% da população é frequentadora dos cultos aos domingos.  A igreja evangélica tem cerca de 15.000 membros apenas. E apesar da oposição ortodoxa, o país vive um aumento da liberdade religiosa. A igreja ortodoxa é reconhecida e legalmente protegida pelo Estado como religião da maioria (91% da pop.). Apesar de condenar o proselitismo (investir na conversão) a Constituição retirou muitas leis que discriminavam as demais religiões. Mas a sociedade grega ainda usa as “velhas leis” para impedir as atividades de qualquer religião não-ortodoxa.
Crise econômica
Mesmo com o 29º maior PIB do mundo (2010), e uma força de trabalho de mais de cinco milhões de pessoas, a Grécia se encontra em uma situação de grave crise financeira. Desde que adotou o euro como sua moeda, em 2002, e passou a pegar empréstimos significativos, o país tem enfrentado altos níveis de desemprego (16%). Depois do estouro da crise financeira global em 2008, o governo grego elevou ainda mais as despesas para estimular a atividade econômica, porém, não obteve sucesso.
Com os escândalos de corrupção e o governo enfraquecido pela crise econômica mundial, em 2010, a Grécia se torna o centro da crise financeira europeia. A intensa pressão da União Europeia (UE) para o controle de gastos e do desajuste fiscal levou o governo a adotar uma série de medidas de austeridade fiscal como aumento de impostos, corte da mão de obra pública e arrocho salarial. No mês de setembro, deste ano, o governo anunciou novos cortes dos gastos públicos, entre eles restrições a casos de isenções de impostos e redução do salário do servidor público em 60%. Consequentemente, os sindicatos gregos anunciaram várias greves, com a participação de controladores de voos dos aeroportos, taxistas e empregados do sistema de transporte público que cruzaram os braços diante da situação. Até o dia 19 de outubro, outras greves devem acontecer, mas o governo está decidido em reduzir os gastos para garantir a ajuda do FMI e da UE com uma parcela de cerca de oito bilhões de euros.
A população teme sobre o futuro, principalmente porque os cortes promovidos têm aumentado significativamente o desemprego e, desde o ano passado o salário mínimo está estagnado, diminuindo as reservas das famílias. E para agravar, dos 700 mil desempregados 55% já não estão recebendo seguro desemprego, e ainda devem esperar um bom tempo para voltar a trabalhar.
Em tempos de desespero e dor as pessoas estão mais suscetíveis às palavras de fé e espiritualidade, mesmo que vivam em uma sociedade preconceituosa e fundamentalista. Mas para que os gregos encontrem o socorro de Deus, é necessário que a Igreja se levante e tenha coragem para testemunhar em meio ao desprezo, e esteja unida no Espírito. “Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hebreus 4.16.)

Novos tempos para Grécia
- Ore para que os corações dos gregos se voltem para Deus;
- Clame ao Senhor para que envie a provisão sobre este povo;
- Interceda pelos governantes para que se humilhem perante a onipotente mão do Senhor e sejam direcionados por Ele;
- Abençoe a Grécia e profetize a paz.